segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Grand Bazaar e banhos turcos em Istanbul

Uma coisa de negativo precisamos falar sobre os armênios: eles não sabem se comportar em avião! Além de se amontoarem e furarem a "fila" do check-in, dentro do avião todo mundo fica de pé, fala no celular a vontade e ignora as broncas da aeromoça. Todo mundo quer trocar de lugar e todo mundo fica de pé conversando! Assim que o avião toca o chão metade das pessoas levanta, pega as malas e corre para a frente antes mesmo do avião taxiar. Eles saem do avião com a maior pressa do mundo e a gente acaba entrando no embalo achando que tem que correr. No fim chegamos antes de todos na imigração porque já conhecíamos os atalhos do aeroporto de Istanbul.

Nosso vôo Yerevan-Istanbul que já seria ruim às 3:45 da manhã atrasou uma hora e ficou ainda pior. Chegamos em Istanbul já no começo da manhã. Conseguimos pegar um early check-in, tomamos café-da-manhã e fomos dormir umas 8:30. A manhã estava perdida.

Acordamos às 14hs e pegamos um táxi para o Grand Bazaar. O trânsito estava péssimo, nos lembramos de São Paulo e imediatamente já deu saudades de Yerevan, mas chegamos no bazaar sem problema algum com o taxista. Ao contrário do que esperávamos o bazaar é amplo, em uma construção fechada, com temperatura amena (acho que tem ar-condicionado) e com vendedores bem menos agressivos do que o esperado. A camisa do Brasil fez bem mais sucesso aqui do que em Yerevan, onde passou um dia totalmente desapercebida. Fomos chamados várias vezes e falamos portunhol em quase todas as lojas, o que mostra o quanto os brasileiros estão vindo para a Turquia (e comprando). A Juli fez comprinhas e depois comemos doner kebab e falafel (total do almoço, 16,5 liras ou R$18).

Em seguida fomos para Çemberlitas Hamman, um dos famosos banhos turcos. Tem 3 tipos de ingresso: o simples que dá direito a entrar no banho turco (20 euros); o tradicional que inclui alguém pra te esfoliar (30 euros); e o luxo que ainda tem massagem (51 euros). O Leo foi de tradicional e a Juli luxo. Homens e mulheres ficam separados e fomos cada um para um lado, mas ninguém explica nada e ficamos totalmente perdidos. Eles te colocam num quartinho onde você se troca e deixa suas coisas trancadas e não precisa de roupa de banho porque eles te dão aquelas toalhinhas pra você sair enrolado. Em seguida você entra na sala de hamman, uma sala com vapor quente que lembra uma sauna, mas muito maior. De repente entram uns caras (mulheres na ala feminina) de uns 50 anos, gordos e peludos (mulheres idem) e só de toalhinha e te mandam deitar na pedra. Eles passam uma bucha esfoliante em você, depois espuma e te jogam uma bacia de água quente. Fazia uns 25 anos que ninguém nos dava banho! Saindo da sala de banho tem uma ala intermediária onde o cara lavou o cabelo do Leo e acabou fazendo massagem e estralou tudo. Depois da massagem no pé ele veio com um papo de gorjeta, que realmente era merecida pois a massagem foi muito boa (ganhou 10 liras). Já a Juli fez a massagem oficialmente e descobriu no meio que a massagista era armênia. Saindo de lá você vai para um vestiário, toma banho, volta pro seu quartinho e se troca. O processo leva uns 60-90 minutos. Meio estranho mas gostamos e saímos de lá renovados, valeu a visita!

Saímos na frente de uma estação de metrô de superfície e resolvemos ver como era (o Leo adora pegar transporte público para conhecer). Você tem que comprar um jeton (moeda de plástico) por 2 liras em uma máquina e colocar na catraca pra entrar, foi bem fácil. O ruim é que cada baldeação precisa de um jeton, então saiu quase o mesmo preço do táxi mas valeu a experiência. Chegamos no hotel e fizemos uma grande arrumação de malas, já que só vamos viajar com uma malinha para Pamukkale e Capadócia e a mala grande fica em Istanbul. No fim deu certo.

Jantamos no Mekan, excelente restaurante na Eski Çiçekçi sokagi (travessa da Istinkal). Tudo que comemos estava ótimo: salada grega, lula, shish kebab de cordeiro e frango com queijo e cogumelos. O serviço também foi ótimo (com o próprio dono cedendo a mesa dele para nós). Amanhã tem mais.

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