quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Veneza

Depois de atravessar uma grande ponte, chegamos em Veneza de carro adentrando a Piazzale Roma: ou você entra com o carro no enorme estacionamento a direita (onde se devolvem os carros alugados) ou anda mais 100 metros, pega uma rotatória e é obrigado a voltar por onde veio. Este é o mais perto que se chega de Veneza de carro.

Após devolver o carro, podíamos pegar um water taxi (60-70 euros; disponível também a partir do aeroporto Marco Polo) ou um vaporetto (6,50 euros por pessoa), que foi o que fizemos. Acertamos o barco e a parada e carregamos as malas por 100 metros até o hotel. Chegamos ao Centurion Palace, que tem uma vista linda e fica bem de frente para o Grand Canal; o bairro se chama Dorsoduro e fica a uma parada de vaporetto da Piazza San Marco (mas do outro lado do canal). O bairro é bem mais calmo do que os lados de San Marco e Rialto e foi ideal para a gente que queria descansar e explorar uma Veneza não tão turística. Para ir para San Marco podíamos pegar o vaporetto (6,50 por pessoa cada vez) ou ir a pé pela ponte dell'Accademia, o que fazíamos quase sempre. No segundo dia descobrimos o Traghetto, que é uma gôndola que atravessa o canal por cinqüenta centavos, das 9 às 18hs, mas depende da boa vontade dos gondoleiros.

Recebemos um upgrade no Centurion Palace para uma junior suíte além de uma garrafa de champanhe. Para você que como nós sempre invejou quartos de hotel de dois andares, saiba que eles têm inconvenientes, como quando você quer ir no banheiro no meio da noite e tem que descer uma escada estreita e desconhecida tomando cuidado pra não cair. Para um hotel 5 estrelas tinha alguns defeitos relativos a barulhos e cheiros mas no geral gostamos bastante.

Uma coisa precisa ser dita sobre a Itália: essa imagem de que os italianos são alegres e simpáticos é balela. O serviço nos restaurantes é uma piada e o Leo diz que é pior até do que na França. O pai do Leo classificaria 90% dos garçons como boca dura. Ontem batemos boca com um garçom que se recusou a trazer nossa bebida enquanto não escolhêssemos os pratos: levantamos e fomos embora para outro lugar. Em uma sorveteria nova discussão com uma atendente mal-humorada; pelo menos já nos acostumamos e entendemos que as coisas aqui são assim. Comer em Veneza é bem diferente do que em Roma, tudo muito caro e não tivemos nenhuma refeição espetacular.

No geral andamos bastante todos os dias e tivemos muita sorte com o tempo: no primeiro dia choveu antes de chegarmos e no fim da tarde enquanto dormíamos; nos outros dias muito sol! Nos deparamos por acaso com o Venchi novamente (a sorveteria maravilhosa de Roma) e fomos lá todos os dias! Impossível descrever onde era mas fica a uns 200 metros da Piazza San Marco em direção ao Rialto.

Nosso hotel ofereceu como cortesia uma visita a Murano e lá fomos nós de water taxi pago pela fábrica em Murano. A fábrica (www.massimilianoschiavon.com) não era aberta ao público geral e tinha parceira com o nosso hotel. Vimos os artistas fazendo a obra "O Grito" em vidro e acabamos comprando alguns itens para nossa casinha (alguns trouxemos com a gente e outros vão pelo correio). Fomos também no museu Peggy Guggenheim que era do lado do nosso hotel, tem uns quadros legais de Picasso, Dali e Miró.

Em nossa última tarde fizemos um passeio de gondola (100 euros) pelo bairro de Dorsoduro, evitando os congestionamentos de gondolas de San Marco. Levamos um vinhozinho para acompanhar. No caminho o gondoleiro nos deu a dica do Campo San Barnaba, bastante agradável e onde jantamos na última noite. Valeu o passeio!

Nossa viagem de volta começou com um vaporetto para a estação de trem, onde tentamos antecipar nosso trem mas não conseguimos e enrolamos lá por uma hora e meia. Pegamos um trem de 2 horas e meia pra Milão e de lá outro trem de 1 hora para o aeroporto de Malpensa. Chegamos no aeroporto e nos assustamos com o sinal de cancelado ao lado do nosso vôo na tela de embarques... O vôo da tam das 22hs foi cancelado mas eles criaram um novo a uma da manhã. Estavam oferecendo hospedagem no Sheraton, alimentação e 300 euros para quem pudesse voltar no dia seguinte, mas a ansiedade por ir pra nossa casinha está grande demais (temos acordado toda madrugada pensando nisso). Ganhamos alimentação em um restaurante quase fechando no aeroporto e estamos enrolando até a hora do embarque. Amanhã estaremos em casa!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sirmione

Chegamos em Sirmione e estamos maravilhados! É uma cidadezinha em uma península que entra no Lago de Garda e por isso tem "praia" dos dois lados da cidade. Fica a 400km de Munique e por isso é um reduto de alemães e italianos, mas vimos alguns franceses e holandeses também. Nosso hotel (Garten Lido) fica a 5 minutos a pé do centro e tem piscina e um deck particular de frente pro lago. O lago tem chão de pedra com areia (o Leo já entrou) e patos para todos os lados. Do lado do nosso hotel tem um mini-golf, duas quadras de tênis e aluguel de bicicleta.

O centrinho é bem agradável: fica protegido por uma muralha medieval, tem "praias" (de pedra), lojinhas, diversas sorveterias e tantos restaurantes legais que dá vontade de conhecer todos. Esteve cheio na hora do pico mas não chegou a incomodar. Fizemos a siesta e a noite o centrinho estava tranquilo pra um sábado a noite, do jeito que a gente gosta!

No domingo fomos no Aquaria ( http://www.termedisirmione.com/tds/it/homepage/aquaria-home.html ), um centro de águas termais e massagem para tentar recuperar nossas costas de várias noites em colchões e travesseiros de qualidade discutível: funcionou! O lugar é bem legal e tem diversas piscinas e jacuzzis com águas termais, só que com um cheiro meio estranho devido ao enxofre e outros componentes presentes na água. O ingresso é caro (39 euros por pessoa por 5 horas) mas valeu a pena, inclusive porque o tempo virou, esfriou e choveu bastante hoje. A massagem é cobrada a parte e é mediana.

Jantamos no hotel mesmo e já estamos a caminho de Veneza, que fica a 120Km daqui. Como o tempo continua feio acho que hoje será dia de ir ao Guggenheim.

sábado, 17 de setembro de 2011

Cinque Terre

A viagem de Firenze a Cinque Terre é bem tranquila, cerca de 2 horas e com vista maravilhosa ao passar por La Spezia. Chegamos em Manarola, deixamos o carro no estacionamento, descemos uma estrada com as malas e chegamos ao nosso hotel após subir algumas escadas. Ao chegar na entrada descobrimos que a recepção fecha para o almoço e ficamos uns 40 minutos esperando; descobrimos que os turistas ficam confusos por aqui, já que demos informação para alguns enquanto esperávamos.

A cidade parece uma favelinha arrumadinha - no bom sentido - já que todas as casinhas se amontoam em cima do morro e se ligam através de ruelas e escadas. A grande diferenca é que todas são coloridas, com sacadas e lindas hortas e pomares, além das tradicionais roupas penduradas nos varais. Adoramos! Saímos para explorar a cidade, passeamos pelas estradinhas que contornam Manarola e mergulhamos no mar azul escuro e transparente, com pequenas praias de pedras e um sol de rachar!

A noite fizemos reserva para jantar na
Trattoria del Billy (http://www.tripadvisor.com/Restaurant_Review-g187819-d1088126-Reviews-Trattoria_Dal_Billy-Manarola_Cinque_Terre_Italian_Riviera.html ), o restaurante mais famoso e peculiar da cidade. São 3 andares bem apertados, empilhados no alto da montanha, com janelas e varandinhas que garantiram um pôr-do-sol maravilhoso. Os garçons são bem animados e levam uma bacia de peixes frescos para os clientes escolherem qual vai virar um delicioso prato. Nós seguimos a sugestão da casa e provamos um antipasto com mais de 10 mini pratos de degustação: polenta, salmão, polvo, peixe ao pesto, anchovas, atum, verduras.. Nosso prato principal foi uma bela lagosta aberta, coberta por um delicioso fettucine! A Juli quis ver a lagosta e o Billy trouxe ela ainda viva, colocou em cima da mesa e falou que a lagosta chama Arturo! Em homenagem ao pai da Juli, tivemos que comer a lagosta e o prato inteiro e foi a melhor refeição da viagem!! Tanto que, no outro dia, repetimos a dose e jantamos novamente la. O preço não é absurdamente caro: 18 euros o prato de lagosta, por pessoa. Mais barato que muito restaurante em SP!!

No dia seguinte fomos visitar as outras "terres" (sao 5 terres - cinqueterres). Dá para ir de barco, trem ou trilha a pé. Optamos pelo trem e com passe de 10 euros você pega quantos trens quiser por um dia. Descobrimos, porém, que Manarola era a mais bonita e tranquila, pois os turistas estão por toda parte! De manhã e no final da tarde é mais agradável passear, mas entre meio-dia e 16h o calor e o excesso de gente atrapalham o passeio. O melhor mesmo é se juntar aos locais e fazer a siesta! Na hora do pôr-do-sol, caminhamos pela Via Dell'Amore, que liga Manarola a Riomaggiore, uma estradinha de 1km, com vista para o mar e um pôr-do-sol espetacular!

Riomaggiore é mais movimentada e mais "espremida", com mais restaurantes e bares turísticos (tinha até show de uma bandinha ao vivo e muitos grupos de norte-americanos), diferente de Manarola, onde os locais (em geral velhinhos) estão por toda parte, sentados em cadeirinhas, lendo seu jornal ou observando o movimento. Vernazza era bem parecida com Manarola, aparentemente com mais gente, mas tem um restaurante no alto de uma torre bem frente ao mar que tem uma vista maravilhosa! Gostamos muito das 5terre e pretendemos voltar um dia (em baixa temporada!!). Próxima parada: Sirmione!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Firenze

Chegamos ao Hotel Villa Belvedere em Firenze e ficamos bastante satisfeitos. É um hotel 4 estrelas com ótimo serviço e infra-estrutura (piscina, bar, estacionamento) e a 25 minutos a pé da Ponte Vecchio. Fomos de ônibus no final da tarde para a cidade e já vimos tudo o que queríamos (Ponte Vecchio, Duomo, Palazzo Vecchio com a réplica do Davi na porta e Museo Uffizi por fora). Não estamos no pique de visitar mais nenhum museu. Vimos Barcelona x Milan pela Champions League em um pub irlandês. É impressionante como o centro da cidade é vazio e morto a noite; foi difícil achar um lugar para ver o jogo e às 10 da noite a maioria dos restaurantes já estava fechando (OK que era uma 3a feira, mas ainda assim chamou a atenção)

No dia seguinte acordamos tarde e fomos para San Gimignano na hora do almoço. Não foi a melhor pedida: muito calor e muita gente. Tudo estava lotado e o charme da cidade se perdeu no meio da multidão. Almoçamos, tomamos um sorvete que ganhou prêmio de melhor do mundo e voltamos pro hotel. Na hora do almoço havíamos passado também na Piazza Michelangelo: bela vista e muita gente. Acho que estamos ficando incomodados com a quantidade de turistas e com a falta de contato com a população local: ninguém quer saber de onde você é nem o que faz aqui: pague, leve e que venha o próximo da fila.

A noite jantamos no ótimo restaurante 4 Leoni (www.4leoni.com), primeiro lugar em que os garçons só falavam italiano e pudemos treinar um pouco do que estudamos. Público dividido entre turistas e locais. Hoje pela manhã ficamos um pouco na piscina do hotel e partimos para Cinque Terre!

Firenze

Chegamos ao Hotel Villa Belvedere em Firenze e ficamos bastante satisfeitos. É um hotel 4 estrelas com ótimo serviço e infra-estrutura (piscina, bar, estacionamento) e a 25 minutos a pé da Ponte Vecchio. Fomos de ônibus no final da tarde para a cidade e já vimos tudo o que queríamos (Ponte Vecchio, Duomo, Palazzo Vecchio com a réplica do Davi na porta e Museo Uffizi por fora). Não estamos no pique de visitar mais nenhum museu. Vimos Barcelona x Milan pela Champions League em um pub irlandês. É impressionante como o centro da cidade é vazio e morto a noite; foi difícil achar um lugar para ver o jogo e às 10 da noite a maioria dos restaurantes já estava fechando (OK que era uma 3a feira, mas ainda assim chamou a atenção)

No dia seguinte acordamos tarde e fomos para San Gimignano na hora do almoço. Não foi a melhor pedida: muito calor e muita gente. Tudo estava lotado e o charme da cidade se perdeu no meio da multidão. Almoçamos, tomamos um sorvete que ganhou prêmio de melhor do mundo e voltamos pro hotel. Na hora do almoço havíamos passado também na Piazza Michelangelo: bela vista e muita gente. Acho que estamos ficando incomodados com a quantidade de turistas e com a falta de contato com a população local: ninguém quer saber de onde você é nem o que faz aqui: pague, leve e que venha o próximo da fila.

A noite jantamos no ótimo restaurante 4 Leoni (www.4leoni.com), primeiro lugar em que os garçons só falavam italiano e pudemos treinar um pouco do que estudamos. Público dividido entre turistas e locais. Hoje pela manhã ficamos um pouco na piscina do hotel e partimos para Cinque Terre!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Siena e Chianti

Partimos de Roma umas 11 da manhã rumo à Toscana. Alugar o carro não foi das tarefas mais fáceis (ou agradáveis), com atendentes mal-humorados e tivemos que andar alguns quarteirões com todas as malas até a garagem onde os carros ficam. Pegamos um certo trânsito na saída de Roma mas depois tudo foi bem e o GPS vai que é uma beleza. Uma curiosidade é sobre os pedágios: você pega um ticket quando entra na estrada e coloca de volta em uma máquina quando sai dela, pagando o valor de acordo com o quanto andou. Dá pra pagar com cartão de crédito em um guichê sem fila nenhuma, a máquina só o engole e devolve em seguida, não precisa de senha nem assinatura, muito rápido. Já o guichê para pagamento em dinheiro estava lotado e existe um terceiro tipo (telepass) que deve ser igual ao Sem Parar.

Nossa primeira parada foi em Siena, onde é proibido entrar de carro. O GPS nos levou até o parcheggio de campo, um estacionamento de 4 andares, de onde seguimos a pé para a Piazza del Campo. Esta é a praça onde anualmente ocorre o Palio. A cidade inteira ainda conserva construções medievais. Vimos o Duomo que também é muito bonito mas não ficamos mais do que 2 horas em Siena e partimos para tentar encontrar um lugar para ficar na estrada de Chianti (uma estradinha maravilhosa que liga Siena a Firenze e onde há diversas vinícolas).

Muitas destas vinícolas oferecem hospedagem também, é o chamado agriturismi. Como não sabíamos com antecedência o que íamos querer fazer não tínhamos reservado nada para estes dias e fomos tentar o hotel melhor rankeado em agriturismi do tripadvisor, Poggio Asciutto. Pra quem não conhece o tripadvisor é um site de avaliações de hotéis, onde as pessoas contam suas experiências e sobem fotos dos hotéis que ficaram (da mesma forma que no Apontador), fundamental para escolher hotéis hoje em dia. A estrada de Chianti é asfaltada mas dela saem estradinhas de terra que levam para as vinícolas, todas com placas indicando quais vinícolas há naquela estrada. Nosso GPS nos levou para a estradinha errada, mas foi legal dar um passeio e depois voltar para a principal.

Pedimos informação na Il Casello, que parecia muito agradável e tinha piscina, o preço era de 100 euros. Mas tentamos ir atrás da Poggio Asciutto, que finalmente encontramos mas estava lotada. O dono morou 4 anos no Rio, fala português e foi extremamente simpático; parece ser um lugar muito legal para ficar também (90 euros). Acabamos indo para a Vinamaggio, muito bem recomendada por um guia e onde teoricamente a Mona Lisa cresceu (ou foi pintada?). É uma das vinícolas de mais alto nível e possivelmente uma das mais caras (150-200 euros), mas tem serviços de beleza e massagem (a parte), piscina, quadra de tênis e boa estrutura. Ficamos no casarão datado de antes do século XV! Tudo com decoração bem antiga mas bem conservada. O clima no jantar era bem formal, a comida era mais fina (mas nem por isso mais saborosa) e menos abundante do que nos restaurantes comuns, mas o vinho era produzido ali mesmo. Éramos de longe os mais jovens do lugar.

No dia seguinte passamos a gostar mais da Vinamaggio (apesar de não ter café-da-manhã incluído)! Fizemos um tour guiado pelo processo de fabricação do vinho, que terminou com degustação de vinhos e um aperitivo excelente (salame, queijos e azeite, um melhor que o outro). Saímos do tour e fomos para a piscina, com vista para a paisagem da Toscana. Lá ficamos amigos de uma australiana e depois de um casal de NY que casou no mesmo dia que a gente 39 anos atrás. A piscina cai muito bem para o calor que faz aqui e é bem legal ficar numa vinícola destas! Cogitamos ficar mais uns dias mas aí entra o maior dilema de viajar pela Toscana: ou você faz uma base em um lugar e volta para ele toda noite, percorrendo distâncias desnecessárias, ou muda de cidade toda hora, tendo que encontrar hotel, fazer check-in, arrumar a mala, etc.

Pensamos bastante e optamos por ficar as próximas 2 noites em Firenze, mas queríamos um hotel que desse para chegar de carro (no centro só residentes podem chegar de carro) mas que não fosse tão longe do centro. Decidimos não ir sem hotel reservado porque acaba-se perdendo um certo tempo indo atrás disto fisicamente; com skype e tripadvisor reservamos o Villa Belvedere (Via benedetto castelli, 3 - +39055222501)
em poucos minutos depois de descobrirmos que o B&B michelangelo (nossa primeira opção) estava lotado. Ainda paramos para almoçar na bruschetteria Lepanto na bela praça central de Greve in Chianti (Giacomo matteotti para o gps), que tem mais variedades de bruschettas do que de pizzas. Assim chegamos a Firenze!

domingo, 11 de setembro de 2011

Roma dias 3 e 4

Começamos o dia de ontem comprando um GPS e confirmando nossa reserva para o aluguel do carro na próxima 2a feira. Ter wifi e ipad no quarto ajudam muito a encontrar informação e com o skype as ligações saem muito baratas. O aluguel de um gps por 8 dias sairia 96 euros e compramos um com mapas da Europa inteira por 109 euros (de quebra dá pra baixar os mapas do Brasil por 50 dólares quando voltarmos pra casa).

Em seguida fomos para o Museo do Vaticano de metrô e lá tivemos altos e baixos. A fila para entrar era assustadora mas nós tínhamos comprado o ingresso com antecedência pelo site http://mv.vatican.va - nem pense em ir pra lá sem comprar o ingresso online! Só que além do ingresso havíamos comprado uma visita guiada de 3 horas pelo museu, aposentos de Rafael, Capela Sistina e Basílica de São Pedro, que se mostrou mais longa e aprofundada do que gostaríamos. Ficamos muito tempo ouvindo explicações sobre coisas do museu e cada sala estava abarrotada de gente. E quente, muito quente. 3 horas é tempo demais. Para os leigos como nós basta ver a Capela Sistina e olhe lá. O resto do museu é dispensável e a Capela Sistina não chegou a nos impressionar (talvez no mundo de hoje já a tenhamos visto tantas vezes em filmes e livros que quando se vê ao vivo parece que é só mais uma vez). Depois de 2 horas abandonamos nossa visita guiada, demos uma volta pela Basílica (mulheres não entram com costas, ombros ou joelhos à mostra e homens teoricamente têm que ir de calça) mas já não estávamos mais no espírito.

Saímos do Vaticano morrendo de fome e calor e encontramos o ótimo restaurante Ponte Vittorio (Piazza Pasquale Paoli, praticamente na Ponte Vittorio Emanuele), que tinha ar-condicionado, uma bruschetta melhor que a do Alfredo e uma boa massa. Não dava para visitar mais nada com aquele calor e voltamos para o hotel para a siesta. Esta parece ser uma ótima estratégia: dormir na hora do pico do calor e aproveitar Roma a noite, mais vazia e ainda mais bonita que de dia.

Jantamos no La Cisterna em Trastevere (via della cisterna, 13 - tel 06 5812543 - 06 5817008), um restaurante com mais de 400 anos de história. A dona nos mostrou o subsolo, que era o nível da rua no passado, onde ainda existe a entrada original do restaurante, um poço e uma passagem subterrânea que termina no castelo. Segundo ela Rita Hayworth comemorou aniversários ali e pediu para fazerem uma pista de dança porque não dava pra dançar no original chão de pedras irregulares. A pista de dança realmente existe lá. Outro visitante famoso foi Walt Disney que fez algumas visitas e se inspirou no local para fazer o filme Fantasia. Voltando à nossa mesa, ficamos amigos de 3 russas da mesa ao lado que nos pagaram um drink pela lua-de-mel e de 10 italianos da mesa de trás em uma comportada despedida de solteiro. A comida foi o de menos nesta história toda.

Ainda passamos em um bar onde falamos com um pouco simpático grupo de "Montenegrinos" (quem nasce em Montenegro é o quê?) e terminamos a noite na Fontana di Trevi às 3 da manhã. Vazia e maravilhosa! Ainda tiramos fotos com um casal de noivos recém-saídos de sua festa de casamento e conseguimos várias fotos nossas na Fontana sem aquela habitual aglomeração de gente!

Hoje acordamos tarde e fomos para o Pantheon e Piazza Navona. Almoçamos num restaurante bom e barato que o Paolo indicou: La Montecarlo (vicolo savelli, 13 tel 066861877 ou via alessandria, 106 tel 0644249600). Ótima pizza e pasta! Fizemos a siesta a tarde, fomos à Piazza Papolo e jantamos no Numbs (via Mario de Fiori). E chegamos ao melhor sorvete de Roma que estava do nosso lado o tempo todo: Venchi (via della croce, 25 - aberto todos os dias das 10h30 à meia-noite, 6a e sab até meia-noite e meia). O sabor Cuor di Cacao é espetacular e existem ainda outros tipos de sorvete de chocolate e chocolate em barra! Concluímos que as comidas de que mais gostamos estavam ao lado do nosso hotel: fettucine pomodoro do Alfredo, fettucine carbonara no Fiascheteria e este sorvete do Venchi. Sim, somos bairristas!

Nosso principal meio de locomoção aqui (além de caminhar) foi o táxi. Não achamos caro, pois nunca passou de 10 euros. Não nos entendemos muito bem com os ônibus mas aparentemente os bilhetes devem ser comprados antes de entrar no ônibus e validados quando se entra no mesmo; a partir do horário de validação pode-se pegar quantos ônibus quiser em 75 minutos.

Amanhã alugaremos um carro e partimos para a Toscana!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Roma - dias 1 e 2

Chegamos em Roma por volta das 4 da tarde. Pegamos um táxi de Fiumicino para o hotel (40 euros, preço tabelado) mas nosso hotel fica numa rua só para pedestres. Carregamos as malas um pouquinho e ao chegar no Town House Spagna (via della croce, 50) nosso agora amigo Paolo disse que um hóspede ficou doente e ficaria mais um dia no quarto; fomos transferidos para o prédio da frente no "hotel" (Suites Rome, via della Croce) de um amigo dele. Na verdade ambos são prédios, antigos mas muito bonitos, onde eles alugam suítes totalmente equipadas. Não é a imagem tradicional de um hotel, mas é o que estávamos buscando.

Deixamos as malas lá e fomos dar uma volta. A Juli ficou impressionada com a cidade e apesar de não ser mais alta temporada Roma ainda está abarrotada de turistas. Alguns brasileiros mas poucos comparado à quantidade de turistas. Andamos pela Via del Corso, visitamos a Fontana di Trevi (que temos que voltar a noite), tomamos um excelente sorvete no San Crispino na via della Panetteria (o melhor de Roma segundo o Paolo) e chegamos até o monumento a Vittorio Emanuele II. Dá pra imaginar a quantidade de brasileiros que têm vindo pra cá pelo fato de em todo lugar os vendedores tentarem arranhar um português. A noite jantamos na Fiascheteria (via della Croce x via Belsiana), mais uma ótima indicação do Paolo, onde tomamos meio litro de vino della casa por 5 euros (acho que vamos tomar bastante vinho por aqui). Dormimos muito bem depois de um longo dia.

Hoje o dia começou com nova arrumação de malas e mudança para o Town House Spagna. Tomamos café, deixamos as malas lá e saímos a pé por Roma. Esta caminhada durou 9 horas! Passamos pela Piazza di Spagna, loja da Sephora, Piazza Barberini, Quattro Fontane, Piazza della Repubblica, Santa Maria Maggiore e chegamos ao Coliseu às 2h30 para nossa visita guiada agendada para às 3. Compramos o ingresso pelo site www.tickitaly.com e foi uma ótima pedida: o ingresso (aprox 30 euros por pessoa) incluía uma visita guiada de 3hs (1 delas no forum romano) com direito a entrar em áreas reservadas como o subsolo e o último andar. Além disso pulava a fila para entrar e as explicações eram completas e valeram a pena. Na frente do Coliseu e por total coincidência encontramos o Rizzi, amigo do Leo que mora em Madrid. Tentamos marcar um jantar mas acabamos não conseguindo nos encontrar.

Depois do Coliseu fomos a um lugar pouco convencional: Time Elevator, na esquina da Via del Corso com a Via dei SS Apostoli. É um cinema com jeito de brinquedo da Disney que em 25 minutos conta a história de Roma, desde sua fundação até os dias de hoje. Foi legal para saber um pouco mais da história e muitas das coisas que tínhamos acabado de ver. O modelo é meio forçado (cientista maluco viajando no tempo) mas no geral vale a pena, além de ser uma das únicas atrações de Roma na qual não se precisa andar.

A noite fomos jantar no famoso Il Vero Alfredo di Roma, que fica do lado do nosso hotel (Piazza Augusto Imperatore,30-continuação da via della croce, cruzando a via del corso -
Telefones: 066878734 ou 066878615 - abre às 19h30 e fecha às 23hs, deve-se chegar até às 22hs e fazer reserva um dia antes ou chegar cedo - fechado aos domingos e 2as). O fettucine Alfredo é sensacional mas o pomodoro também estava excelente! Tudo ótimo! Na parede fotos do Alfredo com Bush, Kennedy, Juscelino Kubitschek, Walt Disney, Jorge Amado, Chico Buarque e mais dezenas de famosos. Voltamos para o hotel para arrumar as coisas e descansar e amanhã temos uma visita guiada no Vaticano.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Desroches e Victoria

O trajeto para Desroches foi cansativo: pegamos o barco às 7h30 de La Digue para Praslin (15min), depois Praslin a Mahe (1hora), depois transfer de carro até o aeroporto e 45 minutos de avião até Desroches (uma ilha a 230 km de Mahe). O avião tem capacidade para 10 pessoas e até 1600kg, menos do que elevadores de grandes prédios comerciais em São Paulo.

Chegamos em Desroches e fomos recepcionados por funcionários do hotel descalços e simpáticos. Nosso quarto mais uma vez era demais, com sacada a poucos passos do mar, 2 bicicletas e chuveiro e banheira ao ar livre. Como na ilha só existe este hotel, ele inclui pensão completa e todos os pratos eram deliciosos.

A tarde fizemos um tour pela ilha com carrinho elétrico e vimos tartarugas gigantes e filhotes, as plantações de todos os vegetais usados na cozinha do hotel e as casas de alguns nativos. De madrugada fomos acordados por uma chuva torrencial que chegou a assustar pelo barulho, mas acho que é normal no meio do oceano. Acordamos cedo no dia seguinte para fazer snorkel e fomos de bicicleta até a praia que o funcionário do hotel indicou, mas não tivemos sucesso: só tinha alga do mar e não dava pra enxergar nada. Ficamos meio bravos porque era nossa última oportunidade e voltamos para a piscina do hotel, mas o azul do mar na volta e uma tartaruga gigante que fica solta nos arredores da piscina compensaram. Já ao meio-dia pegamos o avião de volta para Mahe. Este foi o lugar que mais deu pena de ir embora porque um dia só foi realmente muito pouco tempo e o ideal seria ter ficado uns 2 ou 3 dias.

Chegamos em Mahe e deixamos a mala no hotel, este bem mais simples que o padrão da viagem, já que não teríamos muito tempo para aproveitar. Fomos para o centrinho de Victoria procurar algum quadro pra nossa casinha mas não encontramos nada. Vimos o mercado central que tem vários tipos de peixe e temperos, bem legal. As lojinhas decepcionaram um pouco, almoçamos por lá e a tarde fomos numa feirinha, bem simples e com comidas diferentes: camarão ao curry, espetinhos diversos, ovos de codorna fritos e várias outras coisas que não temos a menor idéia do que eram. Já cansados de frutos do mar e se preparando para acordar às 6 da manhã para pegar o vôo para Roma, compramos uma pizza para viagem e comemos no quarto assistindo filme na TV!

Pois é, acabou a primeira metade da viagem. Agora começa a parte italiana com Roma, Toscana, Cinque Terre e Veneza!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Questão de Lógica e Curiosidades

Nesta viagem tivemos a oportunidade de comprovar a teoria do nosso amigo Salgado sobre a lógica diferente em alguns lugares do mundo. Ao pedir informação, jamais pergunte duas coisas ao mesmo tempo, mesmo que a resposta seja sim ou não. Um típico diálogo seria como o abaixo:
- "Este barco vai DIRETO pra Mahe?"
E a resposta é "Yes"
E você cai no erro de fazer a segunda pergunta:
- "Mas eu ouvi dizer que este barco pára em Praslin antes?"
E a resposta para sua surpresa é "Yes!"
E aí você cai no mais grave dos erros que é botar um OU na pergunta:
- "Mas este barco vai direto pra Mahe OU ele pára em Praslin antes?"
E aí quando a pessoa responde "Yes!" você vai à loucura, agradece e vai embora com a mesma dúvida com que chegou.

A estratégia por enquanto é pensar na hipótese mais provável e tentar confirmá-la sem expor todas as variáveis que passaram pela nossa cabeça. Achamos que esta é a principal diferença cultural: nós queremos sempre saber todas as variáveis e otimizar nossa vida; para outras pessoas basta saber que o barco vai para tal lugar, ainda que ele pare por horas em outro lugar, isto já é suficiente.

Outras curiosidades:
- cada escola de Mahé tem o uniforme de uma cor diferente e todas as crianças voltam pra casa a pé ou de ônibus. Caso elas se percam um adulto ou responsável sabe em que parte da ilha ela estuda

- Praticamente todos os produtos que são consumidos aqui são importados: fósforos da Malásia e do Paquistão, Coca-light da Malásia, as melhores bolachas de chocolate do mundo vindas da Indonésia e muitos produtos da África do Sul. É de se ficar impressionado como todas essas coisas são trazidas para a ilha (inclusive os carros, tratores, guindastes, etc)

- O idioma principal oficial é o creole (assim como o inglês e francês, mas é creole que as pessoas falam na rua). Nem os franceses entendem quando os nativos falam em creole, mas a escrita nada mais é do que francês escrito da forma como é falado (por exemplo, viktwar para victoire; sink san para cinq cents; santral para central).

- Há poucas semanas ocorreram as Olimpíadas do Oceano Índico aqui em Seychelles e os seychellois ficaram muito orgulhosos do segundo lugar no geral que conseguiram

- A bebida tradicional local é o Rum Takamaka, tão forte quanto a cachaça. As cervejas são a Seybrew (de Seychelles Brewers), Eku (licença de uma cervejaria alemã para produção em Seychelles) e Guinness (provavelmente no esquema de licença também)

- Os cargos mais altos nos hotéis costumam ser de franceses e sul-africanos, enquanto os garçons são majoritariamente de Seychelles. Na construção civil praticamente todos são indianos mas vimos um grupo de chineses também

- O ranking das pessoas mais legais que conhecemos:
- Joel, o motorista da Creole que cuidou de quase todos os nossos traslados em Mahe e nos ensinou bastante sobre Seychelles
- Julita, a guia do Vallée de Mai que vai todo ano pra Cuba e adora Johnnie Walker Red Label
- o funcionário indiano do hotel em Desroches que nos mostrou a ilha a bordo de um carrinho elétrico

terça-feira, 6 de setembro de 2011

La Digue - Sensacional!

Em La Digue conseguimos 2 coisas que estavam nos fazendo falta nas outras ilhas: sol e liberdade para ir e vir por conta própria. Pela primeira vez tivemos 2 dias de sol (apesar de chuvas isoladas) que realçam os impressionantes tons de azul do mar. Tudo fica mais bonito! A liberdade merece explicação: Mahe e Praslin são duas ilhas razoavelmente grandes, nas quais ficávamos restritos aos nossos resorts e a locomoção não é trivial (tour turístico, ônibus de linha ou táxis escassos). Já La Digue é uma ilha pequena (3x5km) e o meio de locomoção principal é a bicicleta!

Ficamos no Le Domaine de L'Orangeraie, hotel do dono da Creole e o que mais gostamos até agora! É um hotel construído no meio das pedras e na encosta da montanha, com um quarto maravilhoso e todas as paredes de pedra. O chuveiro e banheira ficam em um ambiente externo e a noite todo o hotel é iluminado por cores azuis e laranja e velas por toda parte. A piscina com fundo infinito é sensacional: um deck que invade o mar com espreguiçadeiras confortáveis como camas, ótimo serviço de bar e uma prainha simpática com água azul ao lado. Este foi o cenário do aniversário da Juli!

Depois de uns drinks na piscina, fomos explorar o sul da ilha de bicicleta. Pagamos 100 rupees (aproximadamente 7 euros) cada para entrar em uma reserva nacional que tinha tartarugas gigantes, plantação de vanilla e duas praias maravilhosas. O mar é incrivelmente azul e transparente! A noite comemoramos os 30 anos da Juli com um jantar à beira do mar com música ao vivo em mesinhas na areia. A Juli ganhou até um bolo do hotel em formato de coração.

No dia seguinte tivemos 30 minutos de trabalho depois do café-da-manhã: fazer um site inspection pelo maravilhoso hotel em que estávamos. Depois fomos aproveitar o sol na piscina mas o tempo virou e começou a chover. Resistimos bravamente nas espreguiçadeiras mas depois de uma breve vitória de 2 minutos de sol a chuva apertou e tivemos que partir. Havíamos ganhado uma sessão de massagem para 2 horas depois mas fomos ao spa tentar ficar na jacuzzi. A jacuzzi estava quebrada, mas como acreditamos que as coisas sempre dão certo pra gente conseguimos fazer a massagem na hora, juntos e num quarto com vista do topo da montanha. Quando saímos a chuva tinha passado e o sol já brilhava de novo.

Resolvemos sair de bicicleta e encontramos um restaurante local onde comemos uma das melhores comidas até aqui: spaghetti creole, com molho de coco e açafrão, por R$20 (bem mais barato que nos hotéis). Depois fomos para o norte da ilha, com praias maravilhosas, mas o sol estava escaldante (estamos a 4 graus do Equador) e voltamos para o conforto da piscina do hotel. A Juli ficou toda feliz porque tinha narguilé e assisitimos ao pôr-do-sol. No dia seguinte teríamos que acordar às 6h30 da manhã para ir para Desroches.

sábado, 3 de setembro de 2011

Praslin

O Raffles é um hotel de luxo inaugurado em fevereiro de 2011. Os quartos são casas independentes e nós recebemos um upgrade para uma suíte com Ocean View, que era simplesmente demais! A vista é a da imagem abaixo. O quarto tinha uma área externa com sofá, espreguiçadeiras e uma piscina só nossa; dentro dele uma cama na frente do terraço com a mesma vista, closet, banheira com vista e um chuveiro externo. Tudo muito novo e eletrônico (inclusive as cortinas e o sinal de make room/ do not disturb)

O meio de transporte no Raffles também são carrinhos elétricos, que levam os hóspedes pra cima e pra baixo. Os quartos que têm vista ficam no alto da montanha, fomos a pé algumas vezes mas o carrinho é útil, especialmente quando chove, o que aconteceu com alguma freqüência. Ontem acabamos aproveitando o tempo ruim e descansamos bastante. A tarde fomos andar na pequena praia do hotel e nadamos na maior piscina do Oceano Índico. Ficamos só um pouco porque boa mesma era a nossa piscina.

A noite pedimos comida no quarto para evitar a formalidade do jantar e pedimos um dvd para o nosso mordomo, mas não funcionou porque era de uma zona diferente. Sim, nós tínhamos um mordomo 24hs, muito esforçado mas confuso e com um inglês que não ajudava na comunicação.

Hoje pela manhã mudamos para o hotel Paradise Sun, que fica a 10 minutos do Raffles. Ele fica na beira da praia mas é muito mais simples, estilo pousada e com jeito mais informal, muito mais a nossa cara. Ele foi totalmente reformado depois do tsunami, que também chegou por aqui em 2004. Nosso chalé é um dos mais próximos da praia, que é da onde escrevo agora e você vê na foto abaixo.

Esta tarde fizemos nosso primeiro passeio: um guia da Creole nos levou ao Vallée de Mai e Anse Lazio. O primeiro é patrimônio da humanidade tombado pela Unesco e o único lugar do mundo onde o Coco de Mer cresce naturalmente. Trata-se de um côco que pode chegar a 20kg e cuja árvore vive de 300 a 400 anos. A árvore e as folhas são gigantescas e dentro dele tem uma semente que é a maior do mundo! A guia do parque (Julita) era muito simpática, já havia visitado Cuba e gostava de tomar um Johnny Walker.

Na seqüência fomos para Anse Lazio, tida como uma das 5 praias mais bonitas do mundo. O mar é muito azul e com sol deve ser ainda mais bonito. Mas o clima é de tristeza: 2 pessoas morreram nela em ataques de tubarão, uma dia primeiro de agosto e outra dia 16. O nado está proibido, os pesqueiros estão caçando tubarões e o governo está tentando achar uma solução. Em Praslin não estamos entrando no mar e todo mundo está meio ressabiado.

Amanhã é aniversário da Juli que comemoraremos em La Digue!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Segundo dia no Ephelia e viagem para Praslin

Depois de descansar o café-da-manhã tivemos o único compromisso profissional da viagem: visitar o Four Seasons! O hotel é tão maravilhoso quanto o Ephelia e também tem uma praia privada com mar verde e areia branquinha. Visitamos o spa e um quarto e depois almoçamos (na faixa) com a pessoa que estava nos acompanhando.

Voltamos pro nosso hotel, dormimos mais um pouco e depois fomos no spa: tem sauna, hidromassagem ao ar livre e vários tipos de massagem. Fizemos uma juntos, afinal de contas a gente merece! Foi excelente!

Hoje amanheceu chovendo um absurdo, mas umas 9hs abriu o sol e conseguimos ir na praia. Mas quando começou a encher de gente voltamos pra exclusividade da nossa Villa e ficamos lá na piscina tomando sol. Arrumamos as coisas e fomos para o pier pegar o barco para Praslin, a ilha onde vamos passar os próximos 3 dias. No pier comemos um lanche de van típico: chips and burger. A curiosidade é que se você pede chips and burger não pode vir com pão e se você quiser com pão não pode ter chips. Não se pode ter tudo nesta vida mesmo... O "prato" é servido numa caixinha de isopor com um garfo de plástico, com uma camada de batatas fritas e uma fatia de hamburguer em cima. Foi uma experiência interessante. O preço por 2 destes e uma coca foi 85 rupees, algo em torno de 5 euros.

Pegamos o cat coco (catamaran) para Praslin e a Creole nos deu um assento na 1a classe (estamos ficando mal-acostumados). Era uma cabine no andar de cima com ar-condicionado, sanduichinhos e um DVD passando Just For Gags, aquela pegadinha canadense que passa em avião. O mar estava muito agitado e logo o barco todo começou a passar mal e as crianças foram trazidas pra cabine da 1a classe. Por sorte nós não temos problema de enjôo e até dormimos um pouco. Depois de 1 hora e pouco chegamos em Praslin e em 15 minutos chegamos ao Raffles. Mais um quarto fora de série que eu vou comentar no próximo post.