domingo, 20 de outubro de 2013

Transporte em Fernando de Noronha

Uma das principais dúvidas que tivemos no planejamento da viagem foi se deveríamos alugar um buggy ou não. A diária custa entre 130 e 150 reais (preços de out/2013) mais a gasolina de R$4,18 por litro no único posto da ilha que fica no porto. Decidimos não alugar e não nos arrependemos.

Fomos até a maioria das praias e restaurantes de táxi e a corrida mais cara foi 25 reais e em nenhum dia gastamos mais de 100 reais de taxi. Os preços são tabelados e os motoristas atenciosos, sempre perguntamos muita coisa pra eles. O hotel nos pede um táxi quando vamos sair e na volta depende: já pegamos na estrada, já pedimos pro lugar que estávamos chamar taxi e uma vez um turista teve que ligar pra gente pra central de táxi. A maioria dos passeios (atalaia, ilhatour, mergulho autônomo) pega e devolve as pessoas nas pousadas, então já são dias que precisam menos de buggy.

Mas existem outras formas de transporte que usamos bastante: carona e ônibus! A carona é sempre interessante, as pessoas costumam ficar felizes em ajudar e como quase sempre estão de buggy é fácil entrar e sair do carro. Outro ponto que facilita é que as direções não são complicadas: ou você pega a br pra um lado ou pro outro, não tem que discutir muito pra saber se a pessoa vai passar onde você precisa. Um dia pegamos carona até com um grupo que estava fazendo ilhatour. Moral da história: sempre que passar um carro peça carona e são grandes as chances de dar certo!

Também usamos bastante a única linha de ônibus da ilha: ela vai do Porto ao Sueste a cada meia hora, saindo sempre nos minutos 00 e 30. A passagem custa 3 reais por pessoa e o ônibus tem ar-condicionado. Uma vez que você saiba que horas o ônibus passa pela sua pousada fica fácil de se programar pra não ficar esperando no ponto e muitas vezes é mais rápido do que chamar um táxi. O mais legal é que fomos interagindo com os moradores locais no ônibus, conhecemos várias crianças, entre elas o Cauê, um menino de 4 anos com leve grau de autismo que adorava andar de ônibus: toda vez que pegávamos o ônibus ele estava lá com a avó!

Abaixo a melhor forma de chegar em alguns lugares de interesse:
- Sueste: a mais fácil pra ir e voltar de ônibus, que pára bem em frente à entrada da praia
- praia do Leão: fica a 1km do Sueste por uma estrada de terra e pedregulhos, precisa de disposição pra ir a pé. Se for de táxi já combine o horário da volta pois não tem telefone lá.  Melhor opção buggy
- praia do Sancho: ônibus pára bem longe da entrada. Táxi é uma boa pra ir e tem um posto de controle que pode chamar um taxi para a volta
- cacimba do padre e praia da Conceição: ônibus pára longe e se for de táxi combine um horário pra volta ou peça para os bares da praia chamarem um
- praia do porto, restaurante Mergulhão: ônibus pára bem na frente
- por-do-sol no Forte do Boldró: ônibus pára a 100 metros, bem fácil
- projeto Tamar: ônibus pára na porta
- bar do cachorro, praia do cachorro: ônibus pára próximo, mas tem que descer uma rua de pedra. Se for de táxi o bar do cachorro chama um pra volta

Noronha - mirante dos golfinhos e praia do Sancho

Ontem começamos o dia pelo mirante dos golfinhos. A entrada é a mesma da praia do sancho, mas pega-se uma trilha de 1km por um tablado de madeira em outra direção.  O horário mais garantido pra ver os golfinhos é às 6:30 da manhã, o que não nos interessou, então já fomos às 9:30 sem expectativa nenhuma, só pra apreciar a vista mesmo. Ficamos uns 15 minutos e quando estávamos indo embora chegou uma família enorme, com cerca de 60! A visão é bem de longe e mesmo com os binóculos disponíveis não dá pra ver com muito detalhe, mas valeu a pena.

Voltamos a trilha e fomos para a praia do Sancho, que dessa vez estava espetacular! O mar totalmente verde e transparente, ideal para o snorkel. Sem dúvida é a melhor e mais bonita praia de Noronha! Almoçamos tarde um sanduíche e açai, vimos o por do sol no forte do Boldró e fizemos o último jantar da viagem no Varandas, com uma vista sensacional da lua cheia nascendo! A paella estava muito boa e as caipirinhas de lá fazem sucesso.

Santana e Peu foram dormir, mas a gente estava determinado a ir no samba no bar do cachorro que começava às 11:30 (bem tarde pros nossos padrões atuais). Resolvemos ir a pé pra matar o tempo e foi a melhor coisa! Passamos num restaurante japonês, experimentamos um sashimi de atum pescado na ilha e conhecemos a pizzaria na moita, com ambiente super legal que vai ficar para nossa próxima vez lá. Chegamos na Vila dos Remédios (o centrinho de Noronha) e estava tendo um bingo: qual não foi nossa surpresa ao perceber que conhecíamos várias das crianças locais por causa das nossas andanças de ônibus! Por fim chegamos no bar do cachorro, que lotou perto da meia-noite e meia. O samba não era lá grande coisa, mas é a única opção de balada. Ainda aprendemos que "é balde" significa "é muito legal" e vimos que tinha gente de todo lugar.

Uma coisa muito interessante de  Noronha é a diversidade das pessoas: vimos gente da Argentina, Itália, França, Alemanha, São Paulo, Rio, Manaus, Ribeirão Preto, Recife, Natal, Maringá, Anápolis!

Hoje fomos na Cacimba do Padre, mas o mar estava mexido e não deu pra mergulhar. Tomamos um caldo de uma onda e concluímos que já estava bom depois de tudo que vimos e fizemos nesta semana. Comemos de novo o peixe na telha do hotel dolphin que é realmente sensacional! A conexão apertada da Azul em Recife é na verdade o melhor negócio: você sai de um voo e já entra no outro de forma muito rápida e organizada e não tem que ficar horas no aeroporto esperando. Outro ponto positivo é que a Azul tem tv com programação da Sky no avião, então deu pra ver a rodada do Brasileirão no voo de volta! Agora é chegar em casa e se preparar pra voltar à realidade!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Noronha - Atalaia, praia do Leão e tartarugas no Sueste

Ontem foi dia de fazer a trilha do Atalaia, uma praia de acesso controlado que só pode ser acessada com guia. A visita tem que ser agendada com alguns dias de antecedência e há a opção de fazer a curta ou a longa. Ambas começam com uma trilha de 1,5km que termina na praia do atalaia, onde se forma uma piscina natural de meio metro de profundidade, onde só entram 15 pessoas por vez. É obrigatório usar colete pra não pisar nos corais e é proibido passar protetor solar pra não contaminar a água e impedir a respiração dos corais. Vimos muitos peixes, uma moréia enorme e três filhotes de tubarão.

A trilha curta termina com a volta dos 1,5km e a longa segue por mais 3,5km, pela encosta da montanha com vista para o mar. Ela passa por mais duas piscinas naturais, mas a primeira é a melhor. Nos últimos 2km a trilha é formada por pedras redondas na beira da praia, o que dificulta bastante a caminhada. Cinco horas depois chegamos exaustos na praia do porto. Comemos no restaurante Mergulhão para comemorar o aniversário do Gomide Santana. A vista e os pratos são sensacionais e ainda tivemos a ilustre presença da Daniela Mercury que está passando sua lua-de-mel na ilha. A noite ainda passamos no famoso Bar do Cachorro que estava bem desanimado. Descobrimos que ele é bom às 2as, 4as e 6as (forró) e tem samba aos sábados.

Hoje fomos na praia do Leão, tida como uma das mais bonitas do Brasil. O motorista do táxi nos desencorajou a mergulhar lá por causa da correnteza e como o tempo estava fechado só demos uma olhada de cima, mas nem descemos na praia (que não tinha praticamente ninguém). A praia era linda de ver (mas não de ficar) e pra não voltar 1km a pé aproveitamos uma carona de um pai com o filho para o Sueste. Dessa vez equipados com nossas super nadadeiras decidimos entrar sozinhos pra tentar ver as tartarugas e hoje foi sucesso total: encontramos uma família de umas 10 e ficamos um bom tempo mergulhando com elas, foi um dos pontos altos da viagem!

Almoçamos no cheiro verde e o que era para ser rápido e barato foi o oposto: o pf chique demorou uma hora pra chegar e foi quase o mesmo preço que os melhores restaurantes da ilha. Depois da siesta fomos ver o sol se por e a lua cheia nascer perto da igrejinha do porto, onde estava acontecendo um casamento. Após o espetáculo jantamos novamente na pousada Teju-açu.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Noronha - Sueste e mergulho

Ontem fomos conhecer o Sueste, uma praia do mar de fora conhecida pelas tartarugas. Resolvemos inovar e pegamos o ônibus que corta a ilha a cada meia hora, foi bem tranquilo e ele nos deixou na porta do pic (posto de informação e controle) Sueste. É necessário alugar um colete pra não pisar nos corais e há a opção de ir sozinho ou com guia. Tentamos ir sozinhos, mas a água estava muito turva e não vimos nada. Os guias garantiam que com eles veríamos tartaruga ou não precisaríamos pagar e decidimos tentar. O guia foi nos rebocando com uma bóia e ainda deu bronca quando tentamos bater perna pra ajudar. O passeio durou mais que o esperado, o que causou algumas queimaduras de sol, mas conseguimos ver 4 tartarugas enormes (quase um metro de comprimento)! Resumindo: valeu a pena pagar R$60 pro guia.

Almoçamos na Pousada Maravilha, a mais cara e badalada de Noronha. Não vimos nenhum famoso, mas comemos um risoto de polvo e hamburger de atum deliciosos com uma bela vista do Sueste. Voltamos pra praia a tarde e ela é uma das poucas onde é possível alugar cadeira e guarda-sol. Vimos o maravilhoso por-do-sol no Forte do Boldró (não confundir com o mirante do Boldró), que tem um barzinho com som ambiente e a maior concentração de pessoas que você encontrará na ilha, o que não chega a ser um incomodo, mas contrasta com o isolamento do dia-a-dia. O sol se poe bem atrás do morro dos dois irmãos, lindo! Jantamos um spaghetti com frutos do mar sem destaque no cacimba bistro.

Hoje fizemos o segundo mergulho com cilindro e logo na saída do porto uma família de uns vinte golfinhos veio nos recepcionar! Passamos com o barco no meio deles e os vimos muito de perto! Novamente o mergulho foi muito bonito, vimos lagosta, camarão palhaço, arraia, barracuda, um tubarão lixa de um metro e meio e uma grande concentração de peixes coloridos. Ficamos muito satisfeitos com a Águas Claras e agora o Leo já tem certificação de mergulho padi! Almoçamos no restaurante da pousada Teju Açu e tanto pousada quanto restaurante são ótimos (o camarão selvagem com risoto de funghi e abacaxi é sensacional)! Tentamos repetir o por-do-sol no Forte do Boldró, mas hoje as nuvens não deixaram. Por fim jantamos na pousada beijupirá, um bom peixe com várias opções de molhos de frutas (comemos pitanga e manga)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mergulho em Noronha

Ontem acordamos às 6:30 pra fazer o checkout de mergulho do Leo. O caminhão da Águas claras nos pegou no hotel e levou até o porto, de onde saem todos os barcos de mergulho de todas as operadoreas. É necessário levar o cartão de acesso ao parque (R$75 para 10 dias, que não é vendido lá! ). No nosso barco foram 3 pessoas que iam fazer batismo (pra quem não fez o curso) e só o Leo que ia fazer checkout com a Juli acompanhando. Nosso instrutor era argentino, se chamava Lula e era muito gente boa. Como éramos só nós, a prática dos exercícios foi rápida, subimos pro barco e fizemos o segundo mergulho,  que já deu pra aproveitar bem: a água é muito clara, vimos milhões de peixes além de 2 tartarugas e um filhote de tubarão (eles são tranquilos por aqui!)

Voltamos pro hotel e aproveitamos a piscina, tomamos uma cerveja e almoçamos o ótimo peixe na telha do dolphin hotel! Descansamos um pouco e fomos para a praia do Sancho, que é a mais bonita de Noronha. O sol estava contra nós,  então o reflexo da claridade não deixou ver todo o verde do mar, mas ainda assim é muito bonita. Pra chegar na praia tem que descer umas escadas de alumínio por fendas nas pedras e depois pegar uma trilha. Chegamos na praia e devia ter umas 15 pessoas. Fizemos snorkel, descansamos e não vimos o por-do-sol que foi encoberto por nuvens de novo. A noite jantamos no Ecologikus, que só tinha a gente e nossos amigos (8 pessoas no total) e tivemos atendimento vip da simpática dona. Comemos a sinfonia que tem peixe, camarão,  lagosta e polvo. Ao contrário do que pensávamos, muitos dos peixes não são pescados no dia, pois vêm de Recife, dado que a pesca é bem controlada aqui. Mas não deixam de ser bons!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Chegada em Noronha

Saímos de Guarulhos pela manhã com a Azul e estávamos preocupados com a escala apertada de meia hora em Recife, que foi muito tranquila: saímos do avião, uma funcionária nos acompanhou e 15 minutos e 4 gates depois já estávamos dentro do avião pra Fernando de Noronha. Com mais uma hora de voo chegamos na ilha!

Estamos no hotel dolphin, que tinha promoções atrativas para a baixa temporada. O quarto tem ar condicionado e frigobar e o hotel é um dos únicos da ilha que tem piscina. Deixamos as malas no hotel e fomos pra Praia da Conceição,  onde tomamos uma cerveja vendo o sol se por com vista para o pico, que é um dos cartões postais de Noronha. Jantamos com o Peu e Gomide Santana (amigos do Leo) no Varandas, um dos mais famosos restaurantes daqui. A comida estava sensacional e pretendemos voltar lá até o fim da viagem.

No dia seguinte fomos resolver as coisas do mergulho e acabamos indo a pé pra praia. Chegamos no mirante do Boldró, descemos a trilha para a praia e começamos a andar rumo baía dos porcos. As praias são praticamente desertas e fomos atravessando de uma pra outra através de trilhas nos montes que as separam. O sol estava forte, mas chegamos bem (e cansados) na Cacimba do Padre, praia que tinha outras pessoas e um lugar pra tomar coco e cerveja. Essa praia fica bem em frente aos Dois Irmãos (duas montanhas no meio do mar verde, o cartão postal mais famoso daqui). De lá mais uma trilha pra baía dos porcos, uma baía com mais pedras do que areia onde fizemos um pouco de snorkel. Em nenhuma das praias tinha pessoas com cadeira e guarda-sol, se essa for sua visão de praia talvez Noronha não seja o melhor destino.

Almoçamos no restaurante flamboyant, que serve comida por quilo sem destaque, conseguimos ver são paulo x corinthians no hotel e jantamos no du mar, que também não foi grande coisa. O esquema é dormir cedo pra acordar cedo no dia seguinte.