Nossa primeira parada foi em Siena, onde é proibido entrar de carro. O GPS nos levou até o parcheggio de campo, um estacionamento de 4 andares, de onde seguimos a pé para a Piazza del Campo. Esta é a praça onde anualmente ocorre o Palio. A cidade inteira ainda conserva construções medievais. Vimos o Duomo que também é muito bonito mas não ficamos mais do que 2 horas em Siena e partimos para tentar encontrar um lugar para ficar na estrada de Chianti (uma estradinha maravilhosa que liga Siena a Firenze e onde há diversas vinícolas).
Muitas destas vinícolas oferecem hospedagem também, é o chamado agriturismi. Como não sabíamos com antecedência o que íamos querer fazer não tínhamos reservado nada para estes dias e fomos tentar o hotel melhor rankeado em agriturismi do tripadvisor, Poggio Asciutto. Pra quem não conhece o tripadvisor é um site de avaliações de hotéis, onde as pessoas contam suas experiências e sobem fotos dos hotéis que ficaram (da mesma forma que no Apontador), fundamental para escolher hotéis hoje em dia. A estrada de Chianti é asfaltada mas dela saem estradinhas de terra que levam para as vinícolas, todas com placas indicando quais vinícolas há naquela estrada. Nosso GPS nos levou para a estradinha errada, mas foi legal dar um passeio e depois voltar para a principal.
Pedimos informação na Il Casello, que parecia muito agradável e tinha piscina, o preço era de 100 euros. Mas tentamos ir atrás da Poggio Asciutto, que finalmente encontramos mas estava lotada. O dono morou 4 anos no Rio, fala português e foi extremamente simpático; parece ser um lugar muito legal para ficar também (90 euros). Acabamos indo para a Vinamaggio, muito bem recomendada por um guia e onde teoricamente a Mona Lisa cresceu (ou foi pintada?). É uma das vinícolas de mais alto nível e possivelmente uma das mais caras (150-200 euros), mas tem serviços de beleza e massagem (a parte), piscina, quadra de tênis e boa estrutura. Ficamos no casarão datado de antes do século XV! Tudo com decoração bem antiga mas bem conservada. O clima no jantar era bem formal, a comida era mais fina (mas nem por isso mais saborosa) e menos abundante do que nos restaurantes comuns, mas o vinho era produzido ali mesmo. Éramos de longe os mais jovens do lugar.
No dia seguinte passamos a gostar mais da Vinamaggio (apesar de não ter café-da-manhã incluído)! Fizemos um tour guiado pelo processo de fabricação do vinho, que terminou com degustação de vinhos e um aperitivo excelente (salame, queijos e azeite, um melhor que o outro). Saímos do tour e fomos para a piscina, com vista para a paisagem da Toscana. Lá ficamos amigos de uma australiana e depois de um casal de NY que casou no mesmo dia que a gente 39 anos atrás. A piscina cai muito bem para o calor que faz aqui e é bem legal ficar numa vinícola destas! Cogitamos ficar mais uns dias mas aí entra o maior dilema de viajar pela Toscana: ou você faz uma base em um lugar e volta para ele toda noite, percorrendo distâncias desnecessárias, ou muda de cidade toda hora, tendo que encontrar hotel, fazer check-in, arrumar a mala, etc.
Pensamos bastante e optamos por ficar as próximas 2 noites em Firenze, mas queríamos um hotel que desse para chegar de carro (no centro só residentes podem chegar de carro) mas que não fosse tão longe do centro. Decidimos não ir sem hotel reservado porque acaba-se perdendo um certo tempo indo atrás disto fisicamente; com skype e tripadvisor reservamos o Villa Belvedere (Via benedetto castelli, 3 - +39055222501)
em poucos minutos depois de descobrirmos que o B&B michelangelo (nossa primeira opção) estava lotado. Ainda paramos para almoçar na bruschetteria Lepanto na bela praça central de Greve in Chianti (Giacomo matteotti para o gps), que tem mais variedades de bruschettas do que de pizzas. Assim chegamos a Firenze!
Nenhum comentário:
Postar um comentário