sábado, 11 de agosto de 2012

Garni e Geghard

Hoje começamos o dia pelo Matenadaran, museu com uma das coleções de livros e manuscritos mais antiga do mundo. Em seguida fomos para Garni, um templo com arquitetura greco-romana misturada com armênia do século I dc, uma especie de partenon, e que depois se tornou residência de verão real a partir do século IV.

Depois fomos para Geghard, um monastério criado por Gregorio, o Iluminador, no século IV, em torno de uma fonte sagrada, encravado no meio das montanhas. A capela principal foi feita em 1235. Todas as igrejas ali estão incrustadas nas montanhas, a construção é realmente impressionante, e uma série de khachkars (cruzes entalhadas em pedra) estão espalhadas pelo local.

Voltamos para Yerevan cedo e nossos guias quiseram continuar nos agradando. Primeiro passamos pela antena de tv que fica no topo da cidade e tem 300 metros de altura (não dá pra subir). Depois ao falarmos que queríamos jantar no restaurante Parvaná eles falaram que era bom reservar e nos levaram de carro até lá. Fizemos a reserva e a Sir perguntou se já queríamos escolher a comida. Aparentemente isso é bastante comum por aqui e não seria nada mal para os jantares de famílias grandes no Brasil.

Eles nos deixaram na fábrica de conhaque e vinhos Noy (Noé), que já foi uma fortaleza militar e até pouco tempo atrás também fabricava o famoso conhaque Ararat. A construção é enorme e foi uma das que mais nos impressionou quando entramos na cidade. Fizemos uma visita guiada de 1 hora com uma família francesa de quem ficamos amigos no final. Degustamos um vinho de 6 mil dólares e depois conhaque de 10 e 20 anos. Ao contrário do que se esperaria em qualquer lugar com uma tradição mais capitalista, não tinha lojinha e ninguém tentou nos vender nenhuma das bebidas. Até perguntamos se tinha pra comprar um vinho parecido com o que tomamos e a guia se limitou a dizer que não. Um famoso escritor russo deixou esta célebre frase na adega: "É mais fácil escalar o Monte Ararat do que ir embora da adega Ararat" - Gorky. O conhaque armênio também é conhecido por ter sido o preferido de Winston Churchill.

De lá fomos almoçar um schaurma novamente. Existem 3 restaurantes lado a lado e estamos experimentando todos. Quando estávamos na fila encontramos 3 brasileiros que estão aqui para tocar gaita em uma apresentação que reúne armênios da diáspora. Comemos com eles e descobrimos que são primos da Juli! Descobrimos também que o melhor do schaurama é o molho de alho, que só vem na versão extra, que não pedimos porque achávamos que a diferença era apenas o tamanho, então amanhã vamos ter que comer de novo. Custa 850 drams (cerca de R$4,25) e pode ser de frango, carne ou carne de porco.

A noite fomos jantar no Parvaná que é um restaurante muito legal. Ele é todo aberto e tem uma grande pista de dança ao ar livre, onde todos dançam música armênia como se fosse um casamento. Tem uma área onde senhoras estão fazendo lavash (pão armênio). A comida foi uma das melhores que comemos: o Leo pediu stroganoff (escrito assim mesmo e com sabor parecido com o que comemos no Brasil) e a Juli kebab e buffalo matzun (o mais parecido com a coalhada brasileira que encontramos até agora). O jantar saiu 8000 drams (R$40). O Parvaná fica a 4km do centro então o melhor é ir de táxi, que sai 600 drams (R$3)

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