
Córdoba!! Também conhecida como Córdoba Capital (para diferenciar a cidade, que é capital da província de mesmo nome), tem um 1,3 milhões de habitantes e uma grande população universitária. Terra do cuarteto que eu (Juli) e Leo já gostávamos há algum tempo, dos grandes ícones Carlitos La Mona Gimenez e Rodrigo “El Potro” Bueno (morto em um acidente de carro no ano 2000, que causou comoção nacional estilo Mamonas –(estilo Senna, na opinião do Leo )). Se você for para Córdoba, tem que ouvir pelo menos uma música de cada um deles, se não a viagem não está completa. Se você gostar tanto da música quanto nós, deve saber que os shows do La Mona Gimenez são extremamente perigosos (TODAS as pessoas sem exceção nos advertiram para não ir), e você ficará mais tranqüilo em um show do La Barra (um representante mais elitista do ritmo) nas baladas (chamadas boliches em castelhano) na região do Chateau.
Além disso, Córdoba é a terra de amigos de infância – armênios – que sempre se reúnem anualmente nas Olimpíadas Sul-Americanas da UGAB para jogar um pouco de futebol, vôlei e, claro, cuartetear.
Ficamos no Hotel Garden, bem no centro, em uma zona peatonal (rua só para pedestres). Limpinho, barato (US$40 por noite), bem localizado; extremamente simples porém. As melhores baladas ficam em Nueva Cordoba, área em que muitos estudantes moram. Alguns bons restaurantes espalhados pela cidade: Don Anastacias (ótima paella, cerca de US$35 o casal); Viejo Lobo (24 de Sieptiembre X Springles), não chegamos a ir, mas estava sempre lotado e foi bem recomendado por várias pessoas; San Honorato, que estávamos curiosos para conhecer, estava fechado, dizem que é uma antiga padaria (?) e que a comida é muito boa (fica na Pringles x 25 de Mayo).
Uma amiga nos levou em um lugar gostoso, para “picar” (dar uma “beliscada”), pedimos tábuas de frios deliciosos, no Sha Bar (Alta Cordoba). Comida japonesa ainda não é febre por lá como em SP, mas não resistimos e comemos no SushiClub (caro, mas gostosinho...perto do Paseo del Buen Pastor). Aliás, vale a pena visitar o Paseo,com igrejinha, restaurantes e barzinhos a sua volta, às vezes palco para alguns shows, mas no fundo é simplesmente um “lugar para estar”.

Ainda sobre os restaurantes (comemos bem na Argentina, como podem perceber), o La Perla é um lugar bem popular, mas com comida deliciosa, farta e de todos os tipos. Ambiente “família” e bem barato – gastamos US$20 os dois – na Av. Olmos.
Algumas curiosidades sobre a cidade:
- táxis x remis: você verá na rua tanto táxis (amarelos) quanto remis (verdes). Na prática, nenhuma diferença. Nem a população local sabia nos dizer por que existiam 2 tipos diferentes. A Wikipédia nos esclareceu que antigamente os remises eram apenas chamados por telefone, e não podiam pegar passageiros na rua; hoje, porém, a diferença inexiste.
- táxis na hora do rush: logo que chegamos a Córdoba, após deixarmos as malas no hotel, fomos para a rua pegar um táxi. Era a hora do rush de uma 6ª feira. Logo percebemos que os táxis não paravam para nós, e nos deparamos com filas de 10-15 pessoas em esquinas, esperando por táxis, que nunca passavam vazios!! Perdemos quase 1 hora esperando em uma fila para pegar um táxi. Incrível...
- gorjetas: pelo que entendemos, ao contrário de praticamente toda a América do Sul, não existem gorjetas em Córdoba!! Ao pegar um táxi que custava 9,80 pesos, dávamos 10 pesos ao motorista, que insistia em nos devolver os 20 centavos de troco, mesmo se disséssemos que não precisava. Eles não entendiam nada e faziam questão de nos devolver o troco. Isso aconteceu algumas vezes até que desistimos de deixar o troco. Nos restaurantes também não nos pareceu muito comum deixar os 10%. Perguntamos a alguns amigos (todos universitários, é verdade), quanto se costumava deixar de gorjeta, e eles disseram que não se deixa gorjeta em Córdoba. “Mas e se quisermos deixar alguma coisa, quanto deve ser? 10%”. E a resposta: “não se dá gorjeta em Córdoba”. Resolvemos sempre arredondar a conta para cima e nos pareceu justo. Às vezes não deixávamos gorjeta e ninguém fez cara feia também...
- sotaque: os cordobeses têm um sotaque inconfundível, tão cantado quanto o italiano. Preste atenção quando as pessoas falarem e você saberá identificá-lo em qualquer lugar do mundo a partir de então.
- futebol: Atualmente Córdoba não tem nenhum time na 1ª divisão, mas os principais times da cidade são o Talleres (que já jogou contra o São Paulo em alguma competição sul-americana), o Instituto (conhecido como “La Glória”) e o Belgrano.
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