segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Buenos Aires


Foi minha primeira vez em Buenos Aires (Leo; a Juli já tinha ido) e eu fiquei positivamente surpreendido! Gostei demais da cidade, superando de longe minhas expectativas. Tive até um sentimento de “eu moraria aqui”, coisa que raramente já senti, nem mesmo nas mais badaladas cidades da Europa. Então vamos lá:

Hospedagem: como íamos ficar 6 noites, após pesquisar todos os hotéis, a Juli encontrou um site que aluga flats por curtos períodos de tempo: http://www.apartmentsba.com – o hotel que íamos ficar sairia US$80/noite, que vezes 6 daria US$480, e ficava em Boedo (um bairro boêmio porém mais distante). Conseguimos um flat de 55 metros quadrados, totalmente equipado, extremamente bem localizado na Recoleta, por US$400 a semana. Gostamos muito da experiência! Apesar de não ter arrumação diária, você não se sente em um hotel, e parece que está em casa! O flat tinha TV a cabo, microondas, geladeira, fogão (que obviamente não foi utilizado!), conexão a internet, um telefone fixo com secretária eletrônica (as pessoas podiam nos ligar e deixar recado), e até um celular pré-pago com número local (que foi muito útil; colocamos 20 pesos de crédito e pudemos nos comunicar com os amigos que moram por lá). O apartamento que ficamos foi o http://www.apartmentsba.com/apartment-rentals-1/recoleta-5/AP33-p521/ - De lá podíamos ir a pé para o cemitério da Recoleta e alguns dos melhores restaurantes da cidade, como os da Calle Posadas (incluindo La Recova de Posadas, que vou falar mais abaixo). Apesar dos táxis serem absurdamente baratos, economizamos tempo e dinheiro estando bem localizados também.

Bairros: não vamos falar muito sobre os bairros/passeios, porque isso se encontra em qualquer guia de Buenos Aires. Uma dica interessante sobre os passeios é que no site da cidade de Buenos Aires você pode baixar cerca de uma dúzia de arquivos de áudio para cada área de interesse da cidade. Coloque todos no seu ipod e pronto: você já tem um guia explicativo das principais partes da cidade. O link é: http://www.bue.gov.ar/audioguia/ - dá pra ouvir os áudios discando para *8283 também, mas a ligação não é gratuita.

Palermo: bairro rico que contém uma série de bons restaurantes e lojas de marcas famosas. Dividido em Palermo Chico, Palermo Hollywood e Palermo Viejo/ Palermo Soho - estilo Vila Madalena, com uma feira de artesanato na Plaza Julio Cortázar imperdível (para as mulheres, principalmente), todos os finais de semana.

San Telmo: o bairro mais antigo da cidade, mas muito charmoso, repleto de antiquários, museus, prédios históricos, salões de tango e uma feirinha, na Plaza Dorrego, que lembra a nossa Benedito Calixto, com barzinhos para tomar cerveja e casais dançando tango por toda parte (especialmente aos domingos).

La Boca: bairro humilde (não recomendado andar por lá a noite, e bom ficar esperto durante o dia) onde ficam La Bombonera e o Caminito. Não pudemos entrar na Bombonera nem no museo de La pasión boquense por causa de um show de um cantor brega (Arjona), que fechou toda a região por 1 semana! O Caminito eu achei extremamente sem graça, totalmente turístico, com todos tentando te vender alguma coisa ou te levar para seu restaurante. As coisas lá custam o dobro do que no resto da cidade. Na minha opinião (Leo), acho que vale ir, ficar 10 minutos e ir embora. Não espere muita coisa de lá!

Recoleta: o bairro mais elegante da cidade, com hotéis famosos como o Alvear e o inusitado passeio no Cemitério da Recoleta, um pouco mórbido, mas repleto de turistas em busca de uma foto no túmulo da Evita Peron. O Patio Bullrich é dos shoppings mais “chiques” de Buenos Aires, mas como nosso negócio era comer e não comprar, acabamos nem visitando...

Las Cañitas: é um dos lugares de agito noturno, tem alguns restaurantes e uma série de bares, achei uma região legal. Comemos por 140 pesos na varanda de um restaurante de esquina das calles baez x alvora

Restaurantes: é nesta parte que poderemos dar as melhores dicas! A primeira é comprar a revista Time Out, que só custa 20 pesos e traz ótimas dicas de lugares para ir, com endereço, descrição, telefone, horários, preço médio, etc (estilo Vejinha). O site tem informações úteis também: http://www.timeout.com/buenos-aires/ .

Com o câmbio extremamente favorável para nós, pudemos ir aos melhores restaurantes da cidade (que os jovens não freqüentam, pois praticamente não havia ninguém abaixo de 40 anos), comer extremamente bem, tomar vinho e ainda assim não gastar mais do que R$100 o casal. Aqui vai a lista dos restaurantes onde fomos:

- Fervor (na Recoleta, Calle Posadas 1500): lugar bonito, pratos excelentes (que não vêm com acompanhamentos, mas nem precisa). O melhor de tudo é o sorvete da casa: possivelmente o melhor que já tomei na vida! Conta: 200 pesos

- La Parolaccia (em Puerto Madero): ambiente muito agradável, com vista para o canal. Conta: 190 pesos

- El amanecer de Carlitos y sus hijos: esse realmente foi uma surpresa! Eu (Leo) queria ver o rio da Prata e pedimos para que um taxista nos levasse a um lugar onde se pudesse ver o rio. Ele nos levou para o distrito de Vicente Lopez, a 5 minutos da saída de Buenos Aires pelos lados de Nuñez. Vimos o rio e entramos em uma pequena lanchonete. Quando abrimos o cardápio, descobrimos que era o pós-balada mais famoso da Argentina! Tinha uma série de reportagens sobre o lugar, uma delas da revista Playboy fazendo um comparativo entre as panquecas do Carlitos e um Big Mac! Nem íamos comer, mas tivemos que prestigiar este local único! Tem mais de 80 tipos de panquecas, cada uma com o nome de uma celebridade (tinha do Lula, Maradona, Che Guevara). Resultado: panqueca e sucos (licuados) excelentes e um programa que aposto que poucas pessoas já fizeram em Buenos Aires.

- Cabaña Las Lilas: um dos restaurantes mais badalados, do mesmo dono do Figueira Rubayat, foi um pouco decepcionante para nós. Já que era para gastar, pedimos um Kobe beef, que não era nada de extraordinário. Após uma leve discussão com o garçom, ele assumiu que a carne não vinha do Japão, que era uma 3ª geração argentina que eles estavam criando e que quando estivesse na 5ª ou 6ª seria igual a carne japonesa. Não nos convenceu... O serviço também deixou um pouco a desejar, os garçons erraram algumas vezes, apesar de terem sido muito rápidos na correção. É um lugar bastante turístico (tivemos que esperar quase uma hora para sentar). Resultado: conta de 450 pesos. Por toda a gama de bons restaurantes na cidade, acho que tem muitos outros lugares onde se come igual/melhor gastando muito menos.

- Jardim Japonês: ao visitar o Jardim Japonês não agüentamos e tivemos que comer sushis no restaurante que fica dentro do parque. Um combinado de 25 peças de salmão com 2 bebidas saiu 110 pesos. O jardim em si é bonito e estava razoavelmente cheio de turistas. Um dos destaques é a criação de bonsais.

- Romario: sim, um bar/restaurante em homenagem ao baixinho, bem no meio de Palermo!! Ambiente jovem, com uma varanda agradável no andar de cima. Serve pizzas (mesmo no almoço) e boa cerveja. Preço: 140 pesos

- San Juanino: no meio do glamour da Recoleta, um restaurante simples de comida típica argentina. Destaque para as empanadas de 5 pesos cada uma, excelentes! Pelo que vimos, o carro chefe da casa é o cervo a caçadora (45 pesos), mas não tivemos a oportunidade de experimentar.

- La Biela (Recoleta): um dos cafés/restaurantes mais badalados da Recoleta, talvez um dos locais mais turísticos da região. A wikitravel diz que se você não tomou um café no La Biela, não foi a Buenos Aires. Bem que nós tentamos... sentamos lá por 15 minutos, chamamos o garçom algumas vezes, mas ninguém atendeu a gente. Levantamos e fomos embora, fazer o quê?

- Piegari: excelente restaurante em “La recova de Posadas”. Comemos extremamente bem (280 pesos), talvez tenha sido o restaurante que mais tenhamos gostado. Mas o mais incrível é o local: fica embaixo de uma ponte! Só que ao invés de mendigos e sem-teto, o local é muito bem cuidado e virou atração chique: tem um Four Seasons, alguns bons restaurantes como o Sorrento e o próprio Piegari, uma loja de alfajores Havanna. Belo exemplo!


Nós no Hipodromo de Palermo, ganhando 3 cuadrifectas seguidas!!


Aeroporto: Por fim, combinamos com um táxi para nos pegar no flat e nos levar para o aeroporto. O preço justo é algo entre 80 e 90 pesos. Levamos cerca de 40 minutos da Recoleta até Ezeiza (o aeroporto internacional, afastado da cidade), às 7hs da manhã de uma 3ª feira (mas considere que o trânsito pode ser muito pior que isso).

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